29 de fevereiro de 2016

Comutação e domínios Ethernet

 Comutação Ethernet

>  Bridging da Camada 2
Com o aumento do número de hosts (estações de trabalho ou servidores) em uma rede local, temos um acréscimo na probabilidade de ocorrência de colisões e, conseqüentemente, no número de retransmissões, o que causa uma lentidão na rede.
A solução encontrada é dividir a rede em segmentos menores. A esta divisão da rede em segmentos, a fim de diminuirmos o número de ocorrência de colisões, denominamos domínio de colisão.
Os equipamentos capazes de realizar esta função são as bridges e os switches.
Outro conceito importante é o domínio de broadcast, área onde o sinal enviado é recebido por todos os dispositivos nela conectados.
>  Comutação da Camada 2
As bridges possuem duas portas, ou seja, dividem o domínio de colisão em duas partes, sem ter efeito sobre o domínio de broadcast.
Os switches possuem mais portas. Para saber para onde deve enviar o quadro recebido, utiliza uma tabela de comutação de quadros, denominada tabela MAC.
>  Operação de um Switch
Os switches examinam o cabeçalho para escolher como processar o quadro. Normalmente, os switches decidem enviar e filtrar os quadros, aprendem os endereços MAC e utilizam o protocolo STP (Spanning Tree Protocol) para evitar loops.
A seguir temos a descrição das atividades de operação de um switch:
Atividade 1 - Os switches encaminham os quadros baseando-se no endereço de destino:
1 - Se o endereço de destino é um endereço de broadcast, multicast ou um unicast não listado na sua tabela, oswitch envia um sinal de flood, sinal enviado para todas a portas exceto a de origem do quadro.
2 - Se o endereço de destino é um endereço de unicast conhecido, ou seja, já consta da sua tabela, o switch realiza as seguintes operações:
a) Se a interface de saída listada na tabela MAC é diferente da interface de origem do quadro, o switch encaminha o quadro para a porta de saída conforme indicação da tabela.
b) Se a interface de saída listada na tabela MAC é igual à interface de origem do quadro, o switch ignora o quadro.
Atividade 2 - Lógica de construção da tabela MAC.
1 - Para cada quadro recebido, o switch anota o endereço MAC e a porta por onde foi recebido o quadro.
a) Se não consta na tabela, faz a associação do endereço MAC à porta, e coloca (¨seta¨) o temporizador de inatividade em zero.
b) Se já consta na tabela, e reinicializa (¨reseta¨) o temporizador de inatividade em zero.
Atividade 3 – Os switches utilizam o protocolo STP, o que causa o bloqueio de algumas interfaces para receber ou enviar quadros. Esse mecanismo serve para evitar loops na rede.
>  Latência
Denominamos latência ao atraso que um quadro sofre para ir da origem até o destino.
Os parâmetros que influenciam na latência de uma rede são:
• o meio físico
• a capacidade de processamento dos dispositivos, ao longo do caminho
• os atrasos causados pelas decisões de comutação
• os atrasos causados por retransmissões dos quadros,
>  Modos de um switch
No capítulo 4, já vimos alguns métodos de encaminhamento de quadros. Neste capítulo
acrescentamos mais alguns modos de encaminhamento de quadros. Então podemos
descrever:
● Store-and-forward
● Cut-through
● Fragment Free
No método Store-and-forward todo quadro é armazenado e é analisada a integridade do dado, se correto é realizada a consulta à tabela de endereços MAC ( MAC address table) para determinar a porta de destino. No caso de erro, o quadro é descartado.
No método Cut-through a consulta à tabela é iniciada no recebimento do quadro e o envio é imediato. O que pode causar o envio de quadros com erros, e retransmissões pela camada de transporte.
No método Fragment-free os primeiros 64 bytes são lidos (incluindo o cabeçalho do quadro) e a comutação se inicia antes que sejam lidos todo o campo de dados e o checksum. Este modo verifica a maioria dos erros e possui baixa latência.
>  Domínios de Colisão e Domínios de Broadcast
>  Ambiente de meios compartilhados
Podemos verificar pelos estudos realizados até o momento que os computadores compartilham o meio físico para transmitir seus dados.
Vimos também que com o aumento do número de equipamentos transmitindo seus dados nesse ambiente compartilhado a chance de ocorrer uma colisão aumenta.
Vamos analisar agora a diferença entre domínios de colisão e de broadcast e como construílos de maneira a melhorar a performance da rede.
>  Domínios de colisão
Os domínios de colisão são áreas segmentadas pelos dispositivos de camada 2 (bridges e switches) de forma a diminuir os efeitos das colisões de quadros sobre o desempenho da rede.
imagem 6 Tecnologias Ethernet
>  Segmentação
Como vimos na figura anterior, a rede foi segmentada (ou dividida) em 4 domínios de colisão:
● As estações ligadas ao hub concorrem entre si dentro do primeiro domínio.
● A estação ligada à bridge compõe um segundo domínio.
● O switch criou mais dois domínios de colisão.
>  Broadcasts da Camada 2
Broadcast da camada 2 é uma forma de uma estação se comunicar com todas as demais de uma só vez.
Quando as estações de trabalho precisam localizar um endereço MAC que não está na sua tabela MAC, fazem uma solicitação broadcast por meio do protocolo ARP (Address Resolution Protocol).
Para encaminhar dados para todos os domínios de colisão, são enviados quadros com o endereço FF-FF-FF-FF-FF-FF.
>  Domínios de broadcast
imagem 7 Tecnologias Ethernet
>  Fluxo de dados
O fluxo de dados se refere ao caminho dos dados por meio dos dispositivos das camadas 1, 2 e 3, após a transmissão pela estação de origem até a chegada a estação de destino.
• Dispositivo da Camada 01: sincroniza, amplifica e transmite o dado (seqüência de bits).
• Dispositivo da Camada 02: encaminha ou filtra os dados (quadros) com base no endereço físico (no caso, endereço MAC).
• Dispositivo da Camada 03: encaminha ou filtra os dados (pacotes) com base no endereço lógico (no caso, endereço IP).
>  Segmento de rede
O conceito de segmento de rede significa é uma subdivisão da rede.
Não devemos confundir com a definição de segmento da camada de transporte que indica a PDU da camada 4.

TECNOLOGIAS ETHERNET

Tecnologias Ethernet


Ethernet 10 Mbps e 100 Mbps
> Ethernet 10 Mbps
A Ethernet de 10 Mbps foi criada em 1978 e foram desenvolvidos alguns padrões que serão tratados a seguir.
> 10BASE5
O tipo 10BASE5 possui as seguintes características:
• Padrão 802.3c.
• Taxa de transmissão de 10 Mbps.
• Sinalização em banda base.
• Usa cabo coaxial grosso, com comprimento máximo de 500m, por segmento.
• Conector AUI.
• Opera no modo half-duplex.
• Utiliza a codificação Manchester.
• Topologia de barramento.
> 10BASE2
O tipo 10BASE2 possui as seguintes características:
• Padrão 802.3a.
• Taxa de transmissão de 10 Mbps.
• Sinalização em banda base.
• Usa cabo coaxial fino, mais leve, flexível e de custo menor. Com comprimento máximo de 185 metros (arredondamento 200m).
• Conector BNC.
• Opera no modo half-duplex.
• Utiliza codificação Manchester.
• Topologia de barramento.
> 10BASE-T
O tipo 10BASE-T foi introduzido em 1990 e possui as seguintes características:
• Padrão 802.3i.
• Taxa de transmissão de 10 Mbps.
• Sinalização em banda base.
• Usa cabo de par-trançado UTP, que também é flexível e de baixo custo. Com comprimento máximo de 100 metros, amplamente utilizado.
• Conector RJ-45.
• Pode operar nos modos half-duplex ou full-duplex.
• Utiliza o procedimento CSMA/CD.
• Utiliza topologia em estrela com um hub central.
• Sua grande vantagem refere-se ao fato de que uma falha no cabo afeta somente uma estação.
> Cabeamento e arquitetura do 10BASE-T
imagem 1 Tecnologias Ethernet
1. O comprimento do cabo UTP, por segmento, é normalmente de 1 a 100 metros entre a estação de trabalho e o hub.
2. O comprimento do cabo UTP, por segmento, também é normalmente de 1 a 100 metros entre hubs. Cada hub é considerado um repetidor multiportas, a distância entre os hubs contam na direção do limite do repetidor.
3. Os dois hubs stackable (¨empilháveis¨), com backplanes interconectados, contam como apenas um hub(repetidor).
imagem 2 Tecnologias Ethernet
6.1.2. Ethernet 100 Mbps
A Ethernet 100 Mbps é conhecida por FastEthernet, padrão IEEE 802.3u.
A principal característica da Ethernet 100 Mbps é sua taxa de transmissão, dez vezes maior que o padrão 10BASE-T.
Os principais padrões da tecnologia Ethernet 100 Mbps são:
• 100BASE-TX, meio físico de cabo de cobre UTP
• 100BASE-FX, meio físico de fibra óptica multimodo.
> 100BASE-TX
Suas características são:
• Taxa de transmissão de 100 Mbps.
• Sinalização em banda base.
• Usa cabo de par trançado UTP (cat5). Com comprimento máximo de 100 metros, amplamente utilizado.
• Conector RJ-45.
• Pode operar nos modos half-duplex ou full-duplex.
• Utiliza o procedimento CSMA/CD.
• Utiliza topologia em estrela ou barramento.
> 100BASE-FX
Suas características são:
• Taxa de transmissão de 100 Mbps.
• Sinalização em banda base.
• Usa cabo de fibra óptica de duas vias.
• Conector ST ou SC.
> Arquitetura Fast Ethernet
A arquitetura Fast Ethernet para cabeamento par trançado segue as mesmas especificações da Ethernet 10 Mbps.
Quanto a 100Base-FX, a pinagem é a seguinte:
imagem 3 Tecnologias Ethernet
> Gigabit Ethernet e 10 Gigabit Ethernet
 
> Ethernet 1000 Mbps
A Ethernet 1000 Mbps ou Gigabit Ethernet utiliza cabeamento de cobre (par trançado) e
fibra óptica.
A seguir temos os padrões da Ethernet 1000 Mbps:
• 1000BASE-X, IEEE 802.3z, opera a uma taxa de transmissão de 1 Gbps, no modo fullduplex, com cabo de fibra óptica.
• 1000BASE-T
• 1000BASE-TX
• 1000BASE-SX
• 1000BASE-LX
> 1000BASE-T
Especificação IEEE 802.3ab, usa cabo de par trançado (categoria 5, ou maior).
>  1000BASE-TX, SX e LX
As especificações 1000BASE-TX, 1000BASE-SX e 1000BASE-LX usam os mesmos parâmetros de temporização e um tempo de bit de 1 nanosegundo.
>  Arquitetura Gigabit Ethernet
imagem 4 Tecnologias Ethernet
1 – O cabeamento pode ser em cobre (par trançado) ou fibra óptica. Normalmente, é usado UTP devido ao custo.
2 - O cabeamento pode ser em cobre (par trançado) ou fibra óptica. Normalmente, é usada a fibra óptica.
6.2.2. Ethernet 10 Gigabit
• 10GBASE-SR: destinado a curtas distâncias através de fibras multimodo já instaladas, suporta uma distância entre 26 m e 82 m.
• 10GBASE-LX4: utiliza WDM (Wavelength Division Multiplexing), suporta distâncias de 240 m a 300 m através das fibras multimodo já instaladas, e 10 km através de fibras monomodo.
• 10GBASE-LR e 10GBASE-ER: suporta de 10 km a 40 km através de fibra monomodo.
• 10GBASE-SW, 10GBASE-LW e 10GBASE-EW: conhecidos de forma genérica como 10GBASE-W são destinados a funcionar com equipamentos OC-192 STM (Synchronous Transport Module) SONET/SDH para WAN.
>  Arquiteturas 10 Gigabit Ethernet
imagem 4 Tecnologias Ethernet
>  Futuro da Ethernet
O futuro dos meios físicos de rede:
• Cobre (atualmente 1 Gbps, provavelmente cresça).
• Fibra óptica (atualmente 10 Gbps e em breve atingirá taxas maiores).
• Sem fio (aproximadamente 100 Mbps, e deve crescer).
 

Selecione a lição que deseja estudarTecnologias Ethernet

> Tecnologias Ethernet
* Ethernet 10 Mbps e 100 Mbps
* Ethernet 10 Mbps
A Ethernet de 10 Mbps foi criada em 1978 e foram desenvolvidos alguns padrões que serão tratados a seguir.
* 10BASE5
O tipo 10BASE5 possui as seguintes características:
• Padrão 802.3c.
• Taxa de transmissão de 10 Mbps.
• Sinalização em banda base.
• Usa cabo coaxial grosso, com comprimento máximo de 500m, por segmento.
• Conector AUI.
• Opera no modo half-duplex.
• Utiliza a codificação Manchester.
• Topologia de barramento.
>  10BASE2
O tipo 10BASE2 possui as seguintes características:
• Padrão 802.3a.
• Taxa de transmissão de 10 Mbps.
• Sinalização em banda base.
• Usa cabo coaxial fino, mais leve, flexível e de custo menor. Com comprimento máximo de 185 metros (arredondamento 200m).
• Conector BNC.
• Opera no modo half-duplex.
• Utiliza codificação Manchester.
• Topologia de barramento.
>  10BASE-T
O tipo 10BASE-T foi introduzido em 1990 e possui as seguintes características:
• Padrão 802.3i.
• Taxa de transmissão de 10 Mbps.
• Sinalização em banda base.
• Usa cabo de par-trançado UTP, que também é flexível e de baixo custo. Com comprimento máximo de 100 metros, amplamente utilizado.
• Conector RJ-45.
• Pode operar nos modos half-duplex ou full-duplex.
• Utiliza o procedimento CSMA/CD.
• Utiliza topologia em estrela com um hub central.
• Sua grande vantagem refere-se ao fato de que uma falha no cabo afeta somente uma estação.
> Cabeamento e arquitetura do 10BASE-T
imagem 1 Tecnologias Ethernet
1. O comprimento do cabo UTP, por segmento, é normalmente de 1 a 100 metros entre a estação de trabalho e o hub.
2. O comprimento do cabo UTP, por segmento, também é normalmente de 1 a 100 metros entre hubs. Cada hub é considerado um repetidor multiportas, a distância entre os hubs contam na direção do limite do repetidor.
3. Os dois hubs stackable (¨empilháveis¨), com backplanes interconectados, contam como apenas um hub(repetidor).
imagem 2 Tecnologias Ethernet
> Ethernet 100 Mbps
A Ethernet 100 Mbps é conhecida por FastEthernet, padrão IEEE 802.3u.
A principal característica da Ethernet 100 Mbps é sua taxa de transmissão, dez vezes maior que o padrão 10BASE-T.
Os principais padrões da tecnologia Ethernet 100 Mbps são:
• 100BASE-TX, meio físico de cabo de cobre UTP
• 100BASE-FX, meio físico de fibra óptica multimodo.
> 100BASE-TX
Suas características são:
• Taxa de transmissão de 100 Mbps.
• Sinalização em banda base.
• Usa cabo de par trançado UTP (cat5). Com comprimento máximo de 100 metros, amplamente utilizado.
• Conector RJ-45.
• Pode operar nos modos half-duplex ou full-duplex.
• Utiliza o procedimento CSMA/CD.
• Utiliza topologia em estrela ou barramento.
> 100BASE-FX
Suas características são:
• Taxa de transmissão de 100 Mbps.
• Sinalização em banda base.
• Usa cabo de fibra óptica de duas vias.
• Conector ST ou SC.
> Arquitetura Fast Ethernet
A arquitetura Fast Ethernet para cabeamento par trançado segue as mesmas especificações da Ethernet 10 Mbps.
Quanto a 100Base-FX, a pinagem é a seguinte:
imagem 3 Tecnologias Ethernet
> Gigabit Ethernet e 10 Gigabit Ethernet
 
> Ethernet 1000 Mbps
A Ethernet 1000 Mbps ou Gigabit Ethernet utiliza cabeamento de cobre (par trançado) e
fibra óptica.
A seguir temos os padrões da Ethernet 1000 Mbps:
• 1000BASE-X, IEEE 802.3z, opera a uma taxa de transmissão de 1 Gbps, no modo fullduplex, com cabo de fibra óptica.
• 1000BASE-T
• 1000BASE-TX
• 1000BASE-SX
• 1000BASE-LX
> 1000BASE-T
Especificação IEEE 802.3ab, usa cabo de par trançado (categoria 5, ou maior).
> 1000BASE-TX, SX e LX
As especificações 1000BASE-TX, 1000BASE-SX e 1000BASE-LX usam os mesmos parâmetros de temporização e um tempo de bit de 1 nanosegundo.
> Arquitetura Gigabit Ethernet
imagem 4 Tecnologias Ethernet
1 – O cabeamento pode ser em cobre (par trançado) ou fibra óptica. Normalmente, é usado UTP devido ao custo.
2 - O cabeamento pode ser em cobre (par trançado) ou fibra óptica. Normalmente, é usada a fibra óptica.
> Ethernet 10 Gigabit
• 10GBASE-SR: destinado a curtas distâncias através de fibras multimodo já instaladas, suporta uma distância entre 26 m e 82 m.
• 10GBASE-LX4: utiliza WDM (Wavelength Division Multiplexing), suporta distâncias de 240 m a 300 m através das fibras multimodo já instaladas, e 10 km através de fibras monomodo.
• 10GBASE-LR e 10GBASE-ER: suporta de 10 km a 40 km através de fibra monomodo.
• 10GBASE-SW, 10GBASE-LW e 10GBASE-EW: conhecidos de forma genérica como 10GBASE-W são destinados a funcionar com equipamentos OC-192 STM (Synchronous Transport Module) SONET/SDH para WAN.
> Arquiteturas 10 Gigabit Ethernet
imagem 4 Tecnologias Ethernet
> Futuro da Ethernet
O futuro dos meios físicos de rede:
• Cobre (atualmente 1 Gbps, provavelmente cresça).
• Fibra óptica (atualmente 10 Gbps e em breve atingirá taxas maiores).
• Sem fio (aproximadamente 100 Mbps, e deve crescer).